12/04/22 - Produtos
Atualmente, existe um caso de autismo a cada 110 pessoas, de acordo com dados do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos. No Brasil, as informações ainda são limitadas, mas, a partir do estudo feito pelo CDC, estima-se que o país possua cerca de dois milhões de autistas.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição em que os portadores manifestam diversos desafios em relação às habilidades sociais, o que inclui comportamento e comunicação. O termo “espectro” foi escolhido devido às variações em que o autismo se apresenta. Cada pessoa pode ter um tipo de influência e intensidade diferente.
Um dos sintomas mais comuns é a dificuldade de percepção sensorial. No artigo de hoje, você vai entender o que isso significa e como criar ambientes apropriados a autistas. Boa leitura!
As pessoas portadoras de TEA podem apresentar hipersensibilidade ou hipossensibilidade, ou ambos. Em certos casos, os indivíduos não têm sensibilidade nenhuma em relação a algum aspecto do local.
Mas, o que isso significa? Para alguns autistas, é difícil filtrar as informações sensoriais e prestar atenção apenas no que eles desejam. Isso faz com que o cérebro perceba igual valor para todos os estímulos recebidos, causando um bombardeio de informação.
Para eles, ir a lugares com barulhos ou superiluminados, por exemplo, pode ser um problema. Isso porque o ambiente influencia diretamente nas sensações e a iluminação tem um grande papel nesse contexto. Sendo assim, é necessário ter muito cuidado nesses pontos quando falamos em criar espaços adequados para pessoas com TEA.
Agora que você entendeu como os autistas possuem sua percepção sensorial mais sensível, confira dicas para projetar a iluminação ideal aos portadores de TEA.
Opte pela suavidade;
Escolha uma iluminação homogênea, para fugir dos contrastes sensoriais;
Invista em uma iluminação difusa ou, preferencialmente indireta, evitando estímulos de brilho;
Trabalhe com equipamentos de alto Índice de Reprodução de Cor (IRC);
Se possível, não utilize lâmpadas fluorescentes, caso contrário, use obrigatoriamente reator eletrônico;
Dê preferência à temperatura de cor quente, já que ela é menos estimulante;
Faça uso da dimerização, uma ferramenta que adequa o local na transição do período diurno para a hora de dormir.
A arquitetura pode ser um grande aliado no conforto das pessoas autistas. Ambientes simplificados reduzem a quantidade de estímulos, o que trará maior bem-estar e qualidade de vida aos portadores de TEA.